O setor de suprimentos é o cartão de visitas e solução de muitos problemas que envolvem a gestão dentro do hospital. A área ainda tem pouco glamour, dividindo espaço com outros setores, porém efetua papel determinante, principalmente se bem gerida.
A principal questão apresentada na palestra, ministrada por Marco Antônio Bego, foi sobre a necessidade da gestão planejada. Para tanto é imprescindível estar atento e estudar os próprios dados da instituição para uma melhor conjuntura.
O diálogo entre as áreas de estoques, compras e planejamento se trata do ponto de partida para uma cadeia de suprimentos mais ativa e organizada. O mote está no planejamento de relacionamento. Como em uma corrente, onde cada elo oferece uma atividade diferente, e o conjunto faz a engrenagem funcionar. No caso, a gestão de indicadores, é o primeiro passo.
Obter a interpretação dos dados perpassa por perguntas essenciais para a produtividade da gestão como, por exemplo, como fazer uma gestão de indicador eficiente? Qual é o giro? Qual a prospecção do giro planejado? Porém, ter somente o indicador em mãos não adiantará, se o setor não souber onde os dados o levarão.
É importante começar a medir os indicadores para a produção da uma analise conjuntural mais consistente. Cruzar os dados finais resultará no próximo plano de ação estratégico do setor. “Deve-se sempre lembrar: tudo está em cadeia. Os setores são os elos. Relacionar as áreas é imprescindível para a redução de custos sem sobressaltos”, ressalta Bego.
Pensar nas estratégias diminui o risco de falhas, mas elas ainda continuarão a acontecer. Pedidos urgentes serão sempre requisitados ao setor de suprimentos, contudo as solicitações não podem exceder o normal, tornando-se rotineiros. É importante fazer as análises para traçar uma estratégia na hora da compra. Este é um ponto para começar a interagir e saber dos processos.
Para Bego os estudos de planejamento ainda são muito prematuros, “Dentro da rotina hospitalar de suprimentos, o segmento de planejamento ainda é muito jovem. Atualmente, usamos ferramentas obsoletas de pesquisa e cruzamento de dados. Para uma aplicação substancial e um melhor aproveitamento é necessário sair do hospital (objeto), para entendê-lo com mais clareza”. Segundo o palestrante, hoje os hospitais tem 20% a mais de estoques não utilizados por falta de um planejamento mais eficaz. O diálogo é a principal ferramenta.
Marco Antonio Bego é graduado em Engenharia Elétrica com especialização em Engenharia Clínica pela Universidade de São Paulo. É mestre em Engenharia Elétrica (Biomédica) pela Universidade de Campinas e pós-graduando em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (SP). Atuou como Gerente de Suprimentos e Gerente de Manutenção e Materiais no Hospital São Luiz, Hospital do Coração e Pepsi no estado de São Paulo.
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